terça-feira, 13 de julho de 2010
o monopólio sempre existiu
Posted on 19:49 by Jornalendo
(por *Pedro Marques, com Observatório da Imprensa e Comunique-se) As emissoras de TV se digladiam cada vez que um evento de proporções mundiais se aproxima. Foi assim com a Copa do Mundo de 2010. A TV Globo e a Rede Record, as duas mais influentes do Brasil, entraram numa batalha de muito milhões de dólares. Sagrou-se vencedora aquela que teve mais poder de barganha, a Rede Globo. A Copa começou com a Rede Record sendo proibida de transmitir qualquer minuto que fosse dos jogos a África do Sul. No entanto, mesmo assim, apresentou uma grande cobertura. A TV Bandeirantes, devido a um acordo de cavalheiros, pode transmitir as partidas. Transmissões em alta definição. Mais de 30 câmeras. A Fifa e as emissoras estão de parabéns. Porém, uma dúvida fica/ficou no ar. E os sites? Os portais? O que feram? O que todo o veículo jornalístico dever fazer, transmitir a informação para a população.
Mas há o monopólio da informação. O famoso Direito de Transmissão. Ou seja, apenas o veículo que pagou tem o direito de falar, filmar, fotografar o evento. Sabemos que na Constituição Federal de 1988 tem em um dos seus vários artigos dizendo que “a informação é um direito de todos”. Ora, como se apenas um veículo seja capaz de passar a informação. É parcial. Não é democrático. Sim, é um evento esportivo, mas se não o fosse.
A Rede Globo conseguiu liminar na Justiça contra o UOL, que proíbe o portal de usar vídeos da Copa do Mundo em seu banco de imagens por longos períodos após a realização das partidas.
Em comunicado divulgado na noite desta quarta-feira (07/07), a emissora afirma que “respeita o direito de cobertura jornalística de outros veículos e por vezes cede imagens”. Entretanto, no caso do UOL, se “viu obrigada a recorrer à Justiça para fazer valer seus mínimos direitos de propriedade”.
A ação foi apresentada na segunda-feira (05/07) e, além da retirada dos vídeos, a emissora pede indenização por perdas e danos no valor de US$ 2 milhões, cerca de R$ 3,6 milhões. Em matéria publicada no portal, o UOL rebateu as acusações da Globo e alegou que cumpre a Lei Pelé, que permite que todos os veículos de comunicação utilizem 3% do tempo total de cada partida.
O UOL também disse que a Globo pressiona o Congresso para reduzir as garantias da Lei Pelé. Em seu comunicado, a emissora não comentou a crítica feita pelo portal.
A grande mídia não discute a censura imposta pelos próprios meios de comunicação. São casos assim, que dificultam a vida do profissional da mídia.
Mas há o monopólio da informação. O famoso Direito de Transmissão. Ou seja, apenas o veículo que pagou tem o direito de falar, filmar, fotografar o evento. Sabemos que na Constituição Federal de 1988 tem em um dos seus vários artigos dizendo que “a informação é um direito de todos”. Ora, como se apenas um veículo seja capaz de passar a informação. É parcial. Não é democrático. Sim, é um evento esportivo, mas se não o fosse.
A Rede Globo conseguiu liminar na Justiça contra o UOL, que proíbe o portal de usar vídeos da Copa do Mundo em seu banco de imagens por longos períodos após a realização das partidas.
Em comunicado divulgado na noite desta quarta-feira (07/07), a emissora afirma que “respeita o direito de cobertura jornalística de outros veículos e por vezes cede imagens”. Entretanto, no caso do UOL, se “viu obrigada a recorrer à Justiça para fazer valer seus mínimos direitos de propriedade”.
A ação foi apresentada na segunda-feira (05/07) e, além da retirada dos vídeos, a emissora pede indenização por perdas e danos no valor de US$ 2 milhões, cerca de R$ 3,6 milhões. Em matéria publicada no portal, o UOL rebateu as acusações da Globo e alegou que cumpre a Lei Pelé, que permite que todos os veículos de comunicação utilizem 3% do tempo total de cada partida.
O UOL também disse que a Globo pressiona o Congresso para reduzir as garantias da Lei Pelé. Em seu comunicado, a emissora não comentou a crítica feita pelo portal.
A grande mídia não discute a censura imposta pelos próprios meios de comunicação. São casos assim, que dificultam a vida do profissional da mídia.
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2 Response to "o monopólio sempre existiu"
Bem colocado. Neste caso vemos que mais uma vez a Rede Globo consegue se impor frente ao Governo. Na briga pelas grandes transmissões a maior, em geral, sempre leva a taça. Temos o exemplo também do Carnaval, uma cobertura internacional que fica sempre nas mãos da Globo, permitindo que outras emissoras transmitam apenas flaches e o desfile das campeãs, modelo repetido agora na Copa do Mundo.
Sabemos que esta briga é por dinheiro, representado pela audiência. Mas, onde está a liberdade? Inclusive do telespectador, internauta e leitor, por escolher onde assistir?
A liberdade ainda está longe da prática, dentro da Comunicação.
Luiz Otávio Soares
Sempre que falamos em monopólio, controle de informação me ocorre um questionamento. Há sempre UM "monstro" maldoso por trás de tudo. Ok, ninguém é santo, o controle e o monopólio existem, não questiono. Mas porque condenamos só a Globo e não pensamos e criticamos as instituições que, para atender seus interesses, vendem os direitos de algo que é do povo, o futebol, para apenas uma emissora – ou duas, enfim...?
Se o monopólio existe é por um encadeamento de fatores e interesses muito maiores que permitem que ele perpetue... trata-se de um iceberg extremamente profundo do qual a Globo é a ponta - viçosa, forte, imponente – mas ainda assim, só uma coisa no meio de tramas bem maiores, complexas e porque não sizer, sujas! É essa trama que mesmo não dizendo respeito direto à área que abordamos aqui – o mercado da comunicação – que devemos tentar perceber ao analisar questões que no mundo da “convergência de mídias” segue dando vida à convergência de interesses que existe desde mil novecentos e guaraná com rolha...
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