quarta-feira, 28 de julho de 2010
Nostradamus, mas nós publicamos
Posted on 18:30 by Jornalendo
O jornalismo (principalmente o impresso, como vaticinam) não vai morrer, o papel não vai acabar e a roda - de ciranda, de violão, de carroça, da fortuna... - continuará a existir. Nada matará nada (ainda bem) e ninguém substituirá ninguém (o que pode ser triste, na falta de alguém querido). Apocalipse (now) é só um filme. E um livro da Bíblia, ok.
Sempre teremos olhos - e eles são, por si, curiosos e abertos - e essas duas circunferências agitadas e atentas que desvendam os mistérios escondidos sob a luz sempre vão querer ler o mundo. Essa leitura, de palavras em linhas e superfície em imagens, como disse Flusser, sempre será necessária, desde o primeiro piscar, ao nascermos, até o último deitar das pálpebras, naquele dia. Entre um momento e outro, percorreremos o mundo com eles, vasculharemos cantos, esquinas, páginas e paisagens. Olharemos, leremos.
Na mídia - seja na TV, no jornal jornal, na internet, na fotografia - continuaremos a ver, a ler. E por trás do que vemos, haverá alguém que somos. Informações não brotam de um pé de si-mesmas. Surgem às nossas vistas porque alguém do outro lado delas assim fez à luz - sempre ela - das possibilidades técnicas. E aí está o fascínio da comunicação: dos homens, e para eles. Sempre terá de ter alguém do outro lado da lente, da tela e do som. Falar de máquinas como se fossem fantasmas vagantes que nos assombram e sobre quem não temos gerência é mítico: serve para alimentar os romantismos das nossas narrativas terrenas, mas é apenas sonho.
O Jornalismo, ou seja lá o nome ou utilidade que terá, não vai morrer. Ele precisa do homem como o homem precisa dele. E as máquinas não sabem disso. Não há porque temê-las.
Sempre teremos olhos - e eles são, por si, curiosos e abertos - e essas duas circunferências agitadas e atentas que desvendam os mistérios escondidos sob a luz sempre vão querer ler o mundo. Essa leitura, de palavras em linhas e superfície em imagens, como disse Flusser, sempre será necessária, desde o primeiro piscar, ao nascermos, até o último deitar das pálpebras, naquele dia. Entre um momento e outro, percorreremos o mundo com eles, vasculharemos cantos, esquinas, páginas e paisagens. Olharemos, leremos.
Na mídia - seja na TV, no jornal jornal, na internet, na fotografia - continuaremos a ver, a ler. E por trás do que vemos, haverá alguém que somos. Informações não brotam de um pé de si-mesmas. Surgem às nossas vistas porque alguém do outro lado delas assim fez à luz - sempre ela - das possibilidades técnicas. E aí está o fascínio da comunicação: dos homens, e para eles. Sempre terá de ter alguém do outro lado da lente, da tela e do som. Falar de máquinas como se fossem fantasmas vagantes que nos assombram e sobre quem não temos gerência é mítico: serve para alimentar os romantismos das nossas narrativas terrenas, mas é apenas sonho.
O Jornalismo, ou seja lá o nome ou utilidade que terá, não vai morrer. Ele precisa do homem como o homem precisa dele. E as máquinas não sabem disso. Não há porque temê-las.
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